7.Empregos. Quando FHC foi presidente, Minas gerou apenas 45 mil empregos; com Lula foram 1,246 milhão e Dilma, 458 mil
A geração de empregos está estreitamente vinculada ao crescimento da economia. Pelas características da economia mineira, Minas Gerais foi um dos Estados mais prejudicados com a política econômica de Fernando Henrique, de 1995 a 2002. Minas é um estado exportador, mas o seu desempenho no comércio exterior foi sofrível devido à paridade cambial que vigorou até 1999. Além disso, no front interno, os tucanos não tiveram políticas de fortalecimento do mercado interno. Com FHC, o Brasil cresceu 2,44% e Minas cresceu menos ainda: 2,30% na média ao ano. Essa estagnação repercutiu fortemente na geração de empregos no setor privado, pelo CAGED do Ministério do Trabalho de 1995 a 2002. Veja a tabela.
Minas gerou apenas 44.897 empregos formais, uma média de 5.612 por ano. Verdade que estes números não foram ajustados pelo Ministério do Trabalho, como foi feito a partir de 2002, com a incorporação das declarações das empresas feitas foram dos prazos. Mas, mesmo se ajustados, os dados do CAGED não seriam radicalmente diferentes daqueles que divulgamos neste texto.
No governo Lula, o Brasil acelerou o crescimento para 4,05% ao ano e Minas Gerais também acelerou para 3,86% ao ano, um resultado bem melhor do que no governo FHC, ainda que o Estado não tenha crescido “acima da média nacional”, como dizia a propaganda tucana. O Estado foi favorecido pelas políticas do governo Lula de enorme ampliação das exportações, com um câmbio mais favorável e com o aumento dos preços das commodities, e no front interno foi favorecido também com a constituição de um mercado interno de massas. Resultados na geração de empregos: com Lula, Minas gerou 1,246 milhão de empregos, uma média anual expressiva de 155.800 por ano.
No primeiro governo Dilma, o crescimento econômico do Brasil desacelerou, recuando para uma média de 2,13% ao ano (dados já ajustados pelo IBGE) contra um crescimento de apenas 1,25% da economia mineira (dados ainda não ajustados pelo IBGE). Mas a desaceleração não impactou negativamente o emprego, tendo o Estado criado 457.751empregos formais no setor privado nos anos de 2011 a 2014, uma média anual de 114.437vagas de trabalho.
O que é o CAGED?
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, é um registro Administrativo instituído pela Lei n° 4923 em dezembro de 1965, com o objetivo de acompanhar o processo de admissão e demissão dos empregados regidos pelo regime CLT e dar assistência aos desempregados. Atualmente, é utilizado, dentre outras ações, para subsidiar os programas do Ministério do Trabalho, particularmente o do Seguro Desemprego, com vistas a evitar o pagamento de parcelas indevidas desse benefício ao trabalhador, mediante o levantamento dos trabalhadores já inseridos no mercado de trabalho, e para gerar estatísticas conjunturais sobre o mercado de trabalho formal com carteira assinada.