Chuvas recuperam de forma expressiva os reservatórios da Copasa. Vargem das Flores passou de 20% para 50%
Ótima notícia neste início de 2016. Depois de três anos de uma enorme crise hídrica, que deixou os reservatórios da Copasa na Grande Belo Horizonte quase vazios, as chuvas nos últimos três meses, especialmente no mês de janeiro, mais que dobraram a quantidade de água no sistema Paraopeba. No mês de novembro de 2015, Rio Manso tinha 31,1% e agora 52,9%. Serra Azul, o mais critico, subiu de 6,7% para 24,1%. E a represa de Vargem das Flores, na divisa de Contagem Betim, passou de 20,4% para 50,5%.
A deputada Marília Campos ressalta que os reservatórios da Copasa estão cada vez mais cheios devido às chuvas mas também às obras de captação de água no Rio Paraopeba: “Muitas pessoas perguntam como será a captação de água do rio Paraopeba se o rio estiver vazio na maior parte do ano. De fato, a captação será feita a ‘fio d’água’ sem a construção de reservatórios. Por isso mesmo, a Copasa informa que a captação será sazonal de outubro a março, quando o rio Paraopeba estiver mais cheio. Com mais água disponível para o consumo, espera-se uma redução da captação nos reservatórios de Rio Manso e Vargem das Flores, o que já acontecendo neste ano”.
A vida está voltando aos reservatórios de água
O jornal Estado de Minas descreveu as mudanças nos reservatórios: “Onde nos últimos dois anos se via o fundo seco do leito do lago de Vargem das Flores, em Betim, em que o pasto cresceu e barcos encalharam, agora motos aquáticas e lanchas aceleram. Em Serra Azul, na Barragem de Juatuba ,que foi o reservatório da Grande BH mais castigado pela seca, as águas já preenchem vales que funcionários da Copasa achavam só voltar a ser parte da lagoa com mais de dois anos de chuvas fortes. Já em Brumadinho, onde fica Rio Manso, o maior reservatório da região, cinco bombas flutuantes espalhadas pela represa mostram que a companhia de abastecimento se preparava para sugar do chamado volume morto, que é quando o espelho d’água se retrai tanto que foge ao alcance da captação instalada. As chuvas de janeiro – as mais vigorosas em quatro anos – nos três reservatórios que compõem o Sistema Paraopeba e abastecem mais de 30% da Grande BH trouxeram de novo opulência aos lagos exauridos por três anos de estiagem e reforçam a confiança da Copasa em atravessar a seca sem rodízios ou racionamentos. E a ajuda dos céus promete ser grande, já que há meteorologistas confiantes no retorno das longas estações chuvosas”.
Preservar os mananciais e fazer uso racional da água
A deputada Marília Campos, como componente da Comissão do Meio Ambiente, externa também a sua satisfação com o nível dos reservatórios, mas afirma: “Mesmo com a subida do nível dos reservatórios, eles se encontram ainda bem mais vazios que há três anos. Se temos uma lição a tirar desta estiagem que sofremos é a necessidade da preservação dos mananciais e a continuidade do uso mais racional da água por parte da população”.