Chuvas recuperam de forma expressiva os reservatórios da Copasa. Vargem das Flores passou de 20% para 50%

03/02/2016 | Meio ambiente

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Ótima notícia neste início de 2016. Depois de três anos de uma enorme crise hídrica, que deixou os reservatórios da Copasa na Grande Belo Horizonte quase vazios, as chuvas nos últimos três meses, especialmente no mês de janeiro, mais que dobraram a quantidade de água no sistema Paraopeba. No mês de novembro de 2015, Rio Manso tinha 31,1% e agora 52,9%. Serra Azul, o mais critico, subiu de 6,7% para 24,1%. E a represa de Vargem das Flores, na divisa de Contagem Betim, passou de 20,4% para 50,5%. 

A deputada Marília Campos ressalta que os reservatórios da Copasa estão cada vez mais cheios devido às chuvas mas também às obras de captação de água no Rio Paraopeba: “Muitas pessoas perguntam como será a captação de água do rio Paraopeba se o rio estiver vazio na maior parte do ano. De fato, a captação será feita a ‘fio d’água’ sem a construção de reservatórios. Por isso mesmo, a Copasa informa que a captação será sazonal de outubro a março, quando o rio Paraopeba estiver mais cheio. Com mais água disponível para o consumo, espera-se uma redução da captação nos reservatórios de Rio Manso e Vargem das Flores, o que já acontecendo neste ano”. 

A vida está voltando aos reservatórios de água

O jornal Estado de Minas descreveu as mudanças nos reservatórios: “On­de nos úl­ti­mos dois anos se via o fun­do se­co do lei­to do la­go de Var­gem das Flo­res, em Be­tim, em que o pas­to cres­ceu e bar­cos en­ca­lha­ram, ago­ra mo­tos aquá­ti­cas e lan­chas aceleram. Em Ser­ra Azul, na Bar­ra­gem de Ju­a­tu­ba ,que foi o re­ser­va­tó­rio da Gran­de BH mais cas­ti­ga­do pe­la se­ca, as águas já pre­en­chem va­les que fun­ci­o­ná­ri­os da Co­pa­sa acha­vam só vol­tar a ser par­te da la­goa com mais de dois anos de chu­vas fortes. Já em Bru­ma­di­nho, on­de fi­ca Rio Man­so, o mai­or re­ser­va­tó­rio da re­gi­ão, cin­co bom­bas flu­tu­an­tes es­pa­lha­das pe­la re­pre­sa mos­tram que a com­pa­nhia de abas­te­ci­men­to se pre­pa­ra­va pa­ra su­gar do cha­ma­do vo­lu­me mor­to, que é quan­do o es­pe­lho d’água se re­trai tan­to que fo­ge ao al­can­ce da cap­ta­ção instalada. As chu­vas de ja­nei­ro – as mais vi­go­ro­sas em qua­tro anos – nos três re­ser­va­tó­ri­os que com­põ­em o Sis­te­ma Pa­ra­o­pe­ba e abas­te­cem mais de 30% da Gran­de BH trou­xe­ram de no­vo opu­lên­cia aos la­gos exau­ri­dos por três anos de es­ti­a­gem e re­for­çam a con­fi­an­ça da Co­pa­sa em atra­ves­sar a se­ca sem ro­dí­zi­os ou racionamentos. E a aju­da dos céus pro­me­te ser gran­de, já que há me­te­o­ro­lo­gis­tas con­fi­an­tes no re­tor­no das lon­gas es­ta­çõ­es chuvosas”.

Preservar os mananciais e fazer uso racional da água

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A deputada Marília Campos, como componente da Comissão do Meio Ambiente, externa também a sua satisfação com o nível dos reservatórios, mas afirma: “Mesmo com a subida do nível dos reservatórios, eles se encontram ainda bem mais vazios que há três anos. Se temos uma lição a tirar desta estiagem que sofremos é a necessidade da preservação dos mananciais e a continuidade do uso mais racional da água por parte da população”.