Deputada Marília Campos retoma, na Assembleia Legislativa, a discussão e a luta pela volta do Trem Metropolitano
Para a deputada Marília Campos, o direito de ir e vir do cidadão metropolitano é uma questão urgente. Os problemas não se limitam ao contorno de cada município e a solução deve ser conjunta. Justamente por isso, a parlamentar defende a volta do trem metropolitano como uma alternativa viável de mobilidade para a Grande Belo Horizonte.
A faixa de domínio e os trilhos, presentes em 22 municípios da Região Metropolitana, são uma estrutura já existente. “A volta do transporte por trilhos, é fundamental para resolver os problemas de deslocamento pelos quais o cidadão metropolitano passa. O que não se pode mais é aceitar que as pessoas percam preciosas horas do seu dia dentro de carros ou ônibus parados em congestionamentos”, afirma Marília.
Movimento “Trem Bão de Minas” é pioneiro na luta
A “Associação Trem Bão de Minas” é um movimento do qual participam autoridades e cidadãos que se organizaram para reivindicar a implantação do trem de passageiros na região do Alto Paraopeba, beneficiando Belo Horizonte, Ibirité, Sarzedo, Mário Campos, Brumadinho, Moeda, Jeceaba, Belo Vale, Congonhas e Conselheiro Lafaiete. As principais reivindicações da Associação Trem Bão de Minas, além do primordial que é a volta do transporte ferroviário de passageiros, são também a promoção da cultura, o resgate da memória ferroviária e a defesa e a conservação do patrimônio histórico e artístico das estações ferroviárias e todo o seu entorno.
A Associação Trem Bão de Minas obteve uma importante vitória ao incluir, como a segunda proposta mais votada no Fórum Regional Metropolitano, a seguinte proposta: “Retorno do Trem de passageiros no Ramal do Paraopeba, incluindo Sete Lagoas a Belo Horizonte.” A vitória foi muito comemorada, como bem destacou Márcio Beraldo, de Sarzedo, em seu Facebook: “Volta do trem de passageiros dá sinais de concretizar-se. Em apenas oito meses de governo Pimentel a volta do trem de passageiros começa a dar sinais de concretizar-se. A proposta ficou em segundo lugar no Fórum Regional Metropolitano. Esse movimento agora ganha força, pois passou a ser uma prioridade de governo porque foi defendida pela população dentro da estância oficial de participação popular nas prioridades do governo de Minas. Eu conheço vários membros do MOVIMENTO TREM BÃO DE MINAS que há anos luta em defesa da volta do trem de passageiros nas cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e Colar Metropolitano. Essa é uma luta antiga, no entanto jamais esteve na pauta de prioridades do governo. A eleição dessa proposta em segundo lugar nas prioridades defendidas pela população é uma vitória do movimento que convergiu com um governo que respeita os movimentos sociais e que organiza o governo com a participação dos mineiros, fato inédito em Minas. Parabéns ao MOVIMENTO TREM BÃO DE MINAS que jamais abandonou a luta, mesmo não sendo ouvido pelos governos do PSDB durante 12 anos em Minas”.
Já existem estudos avançados sobre o Trem Metropolitano
Os estudos que apresentamos a seguir são de uma consultoria contratada pela Agência de Desenvolvimento Metropolitano de Belo Horizonte. São dados referentes às linhas previstas; trajetos pelos municípios; potencial de passageiros e custos de implantação do Trem Metropolitano.
Como pode ser visto na tabela a seguir, são propostas três linhas do trem Metropolitano (A, B, C), que beneficiariam 18 cidades da região metropolitana e com potencial de passageiros de 260.700 pessoas por dia. Em um projeto mais ampliado, o trem Metropolitano poderá chegar a outros municípios, incluindo cidades do Ramal do Paraopeba.
Custos de implantação das Linhas A, B e C é de R$ 5,8 bilhões
Proposta da consultoria que fez projeto do Trem Metropolitano indica custos para as três linhas de R$ 5,916 bilhões. Dentre os principais custos destacam-se os de infraestrutura, superestrutura, e material rodante. Segundo a consultoria os custos são impactados devido a necessidade de construção de via independente para os trens: “Dentro do exposto até aqui, para a Consultoria fica claro a necessidade do futuro sistema de passageiros contar com via própria. A construção da via independente para o transporte de passageiros deverá ser realizada na faixa de domínio, onde houver disponibilidade, e no caso de indisponibilidade, poderá ser construído um novo traçado, mais adequado para o transporte de passageiros”.
É preciso ressaltar que o Trem Metropolitano, mais que uma ótima opção de mobilidade urbana, é um investimento no desenvolvimento descentralizado da região metropolitana: “Um projeto com o impacto do Trem Metropolitano, não se limita apenas à esfera dos transportes públicos, mas visa também uma desconcentração das atividades econômicas e dos equipamentos públicos, fortalecendo novas centralidades. Tem como objetivo colaborar para a reestruturação da RMBH, promovendo a sua competitividade, a sua sustentabilidade econômica, social e ambiental e os níveis de qualidade de vida de seus residentes”.