Henrique Meirelles: Reforma da Previdência terá idade mínima de 65 anos para homens e mulheres

20/05/2016 | Política

Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT, o ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, responsável pela reforma da Previdência Social, expôs a sua visão de reforma de nosso sistema previdenciário. Relata o site UOL: “O ministro defendeu que a reforma da aposentadoria proposta pelo governo interino inclua os trabalhadores atuais, e não só os que ainda vão entrar no mercado de trabalho. Também há estudos para estabelecer idade mínima de 65 anos para todas as formas de aposentadoria, tanto para homens quanto mulheres”. O ministro deixou a entender que os 65 anos seriam para todos, incluindo professores, trabalhadores rurais, etc.

Continua o UOL: “O ministro fez a diferença entre direito adquirido e expectativa de direito, durante entrevista ao SBT. Quem teria o direito adquirido, e não seria atingido pela reforma, seriam trabalhadores que já contribuíram para a Previdência 30 anos (no caso de mulheres) ou 35 anos (para homens), mas ainda não pediram sua aposentadoria. Quem não completou esses 30 ou 35 anos de contribuição à Previdência não teria direito adquirido e se submeteria à nova regra. ‘Essa é a minha opinião, e acredito que é o que deve prevalecer. Mas não há uma proposta finalizada.’”

Existe um consenso no governo Temer de que a reforma da Previdência irá incluir os trabalhadores em atividade. A posição do ministro Henrique Meirelles é radical: quem está em atividade, se estiver faltando 20 anos, 10 anos, 1 mês ou 1 dia para a aposentadoria, não terá transição, todos terão que trabalhar até os 65 anos de idade. Existem outras propostas de transição de implantação dos 65 anos de forma progressiva, mas também em um espaço curto de tempo.

PROGRAMA DE TEMER É INCOMPATÍVEL COM A DEMOCRACIA

A deputada Marília Campos (PT/MG) tem alertado que o golpe político-parlamentar é uma aventura política e uma insensatez dos políticos golpistas e da classe dominante (mercado financeiro e grande mídia). O programa de governo de Temer é incompatível com a democracia, como reconhece o próprio PMDB. Roberto Brant, assessor de Temer, confessou: “Esse documento de Temer – Uma ponte para o futuro - não foi feito para enfrentar o voto popular. Com um programa desses não se vai para uma eleição”. A articulista do jornal Valor Econômico, Maria Cristina Fernandes, disse: “O PMDB viabilizou sua costura de gabinete pró-impeachment com o argumento de que as mudanças a serem feitas no país, por dura s, só poderiam ser capitaneadas por um governo não eleito”. É uma temeridade essa concepção de implantação de um programa ultraliberal na marra, sem qualquer diálogo com a sociedade. Mas como diz Paulo Henrique Amorim: “E eles pensam que o povo não está percebendo”.  

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