José Roberto Toledo: “Ibope mostra que aprovação de Michel Temer é de 11%. O pós-Dilma, se vier, não será fácil”
Em coluna publicada nos jornais Estado de S.Paulo e O Tempo nesta segunda-feira, dia 21 de setembro, o colunista José Roberto Toledo informa: “Se é difícil para Dilma Roussef ir até 2018 ‘com 7% ou 8% de popularidade’, tampouco seria fácil para o autor da frase concluir o mandato que por acaso venha a herdar só com 11%. Essa é a parcela da população que acha que Michel Temer ótimo ou bom como vice-presidente, segundo pesquisa inédita do Ibope divulgada com exclusividade aqui. Temer e Dilma estão tecnicamente empatados em desaprovação. Na última pesquisa Ibope divulgada, em junho, ela tinha 9%, com margem de erro de dois pontos percentuais”. (...) “O pós-Dilma, se vier, não será fácil como seus vendedores dão a entender que será”.
Segundo o Portal Brasil 247, além de Temer, também Eduardo Cunha e Renan Calheiros são também amplamente desaprovados: “Pesquisa realizada pelo Ibope a pedido do jornal Estado de S. Paulo mostra que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) tem uma avaliação ótimo ou bom de 11%; popularidade de Temer varia de 7% no Sul a 12% no Nordeste; de 10% entre os mais pobres a 11% entre os mais ricos; Ibope pesquisou também as avaliações dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo na linha de sucessão de Dilma, e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), terceiro na linha sucessória; Cunha é reprovado por 40% tem 11% de ótimo/bom; já Renan tem 8% de ótimo/bom e 40% de ruim/péssimo; pesquisa foi feita entre os dias entre 12 e 16 de setembro.”
Também nesta segunda feira, pesquisa da Secom da Presidência, divulgada pelo Painel da Folha de S.Paulo, informa que a população não confia também na oposição: “Pesquisa interna da Secom da Presidência aponta que, para a maioria das pessoas, a crise no país é, antes de tudo, política, que agravou a recessão econômica. "As pessoas que apóiam o governo estão sem argumento para defender o governo no dia a dia", diz a conclusão do levantamento”. (...) “A pesquisa procurou descobrir também se os entrevistados julgavam o governo e a oposição capazes de tirar o país da crise. Para 17%, o atual governo tem essa possibilidade. Só 13% acreditam que a oposição está apta a executar a tarefa”.
Fica claro, portanto, que o afastamento de Dilma jogará o Brasil numa crise sem precedentes, porque os golpistas assumiriam o governo já com ampla desaprovação popular.