Robin Hood às avessas. Deputado Ricardo Barros quer cortar R$ 10 bilhões do Bolsa Família e vira “pop star” dos ricos
O Brasil, com a política econômica de Dilma, coordenada por Joaquim Levy / Alexandre Tombini, está gastando anualmente R$ 470 bilhões com juros e variações dos títulos cambiais por ano. Mas o deputado Ricardo Barros – PP/PR, relator da Comissão do Orçamento, quer cortar R$ 10 bilhões do programa dos mais pobres, o Bolsa Família. Ele ainda se gabou no jornal Valor Econômico de ter se transformado com sua atitude em um deputado “pop star”, saudado com simpatia pelos mais ricos, que defendem que o ajuste fiscal deve cortar benefícios sociais dos mais pobres.
Foi por isso, que o senador Humberto Costa, do PT, cravou que o deputado é o “Robin Hood do avesso”, aquele que quer tirar dos mais pobres para dar para os mais ricos. A chance do corte no Bolsa Família passar é nenhuma, mas o deputado Ricardo Barros utiliza os pobres como “bucha-de-canhão”, para reaproximar dos segmentos mais ricos da sociedade, como informa o jornal Estado de São Paulo: “A receptividade a proposta de Barros é consequência da rejeição de uma parcela expressiva da sociedade aos programas de transferência de renda. Sabedor disso, o deputado, mesmo que não consiga aprovar seu relatório na Comissão de Orçamento, consegue dialogar com o eleitorado que se posiciona contrariamente ao programa considerado a vitrine dos governos petistas nos últimos anos”.
O site Brasil 247 afirma que não haverá cortes: “A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, defendeu que não haja corte de verbas do programa Bolsa Família no Orçamento de 2016. O programa de transferência de renda do governo federal completa 12 anos nesta terça e tem previsão de R$ 28,8 bilhões para o ano que vem. "Essa é a opção do Brasil? Não acredito que o Congresso Nacional fará isso", afirmou a ministra. Segundo a ministra, fiscalizações de órgãos de controle apontam que as fraudes no programa não ultrapassam 1% das 14 milhões de famílias que ganham o benefício. De acordo com Tereza, há um cruzamento de dados que comprovam a condição vulnerável das pessoas que recebem o Bolsa Família. Ela disse que são checadas informações sobre trabalho, renda e até a possibilidade de o beneficiário ter morrido. "Pouco se discute o Bolsa Família, principalmente no Sul e no Sudeste, a não ser com base em preconceitos. Vamos parar de disse que disse e vamos agir." A ministra desafiou as pessoas que afirmam conhecer "vizinho" ou "alguém" que receba o benefício sem necessidade a denunciá-lo”.