Tragédia. Represa Vargem das Flores, em Contagem / Betim, está secando. Veja as fotos chocantes!
A deputada Marília Campos, como componente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, tem dado grande ênfase ao fornecimento de água no Estado, especialmente na Grande Belo Horizonte. No caso da represa de Vargem das Flores (também conhecida por Várzea das Flores) Marília foi protagonista, junto com outros deputados, de uma audiência pública e de uma visita técnica à represa. E os fatos indicam uma situação muito preocupante, com a represa reduzida a 20% de sua capacidade.
Veja a situação da represa de Vargem das Flores, na descrição realizada pela reportagem do jornal Estado de Minas, e o ensaio fotográfico chocante do nosso fotógrafo, Gilvan Silva.
Alicerces de moradias inundadas estão aparecendo
A repórter Valquíria Lopes, do jornal Estado de Minas, descreve, no dia 16/10/2015, o que viu na represa de Vargem das Flores: “O surgimento de estruturas de concreto submersas desde a década de 1970 deu novo tom de alarme à seca que assola a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Pela primeira vez desde a construção da represa Vargem das Flores, em 1972, alicerces de moradias inundadas à época podem ser vistos na barragem entre as cidades de Contagem e Betim. O retrato do passado traz à tona histórias de quem viveu nas fazendas desapropriadas para dar lugar à água, mas soa também como alerta para um futuro crítico. Por trás do quadro sombrio, além de uma estiagem histórica, estão o volume perto de zero da chuva neste mês e perspectivas ruins para a próxima estação chuvosa. A combinação aumenta a preocupação com os níveis das represas do Sistema Paraopeba – que ontem voltaram a bater a marca mais baixa da história, em seu conjunto (24,2%) e em Vargem das Flores (22,3%) e no Rio Manso (34%). Em Serra Azul, o volume chegou a 8,4% da capacidade. Além de chamar a atenção sobre a necessidade de investimentos na captação e no controle de perdas de água, especialista ouvido pelo Estado de Minas alerta: os reservatórios devem levar pelo menos dois anos para se recuperar e a população precisa racionalizar o consumo”.
O jornal conclui: “Em Vargem das Flores – sistema responsável por 15% do abastecimento da Grande BH –, o cenário inédito assusta moradores e comerciantes. Mesmo alheia aos números que dão a dimensão da crise hídrica na Grande BH, a pensionista Vilma Diniz, de 64 anos, entende que a situação é preocupante. Há 43 anos ela e a família deixaram a casa grande onde moravam, em uma fazenda, para ceder espaço à barragem. Hoje, Vilma vive com os dois filhos em novo endereço, em frente ao reservatório, mas os poucos metros que separavam o portão de casa da água aumentaram e mudaram bruscamente a paisagem. “Já vi essa represa seca, mas nunca tanto assim. Tenho medo do que possa acontecer, medo de vir a faltar água. Fico triste. Não queria ver uma coisa dessas, a água acabando assim”, diz, desolada”.
Veja o ensaio fotográfico de Gilvan Silva: